segunda-feira, 3 de novembro de 2008

chernobyl

Chernobil, Chernobyl ou Chornobyl (em ucraniano Чорнобиль) é uma cidade no norte da Ucrânia, perto da fronteira com a Bielorrússia. O nome da localidade significa "história negra".

Em meados da década de 70, foi construída pela União Soviética uma central nuclear a vinte quilômetros da cidade de Chernobil. Em 26 de abril de 1986 ocorreu o acidente nuclear de Chernobil.

Em 26 de abril de 1986,, explodiu um reactor da central de Chernobyl que libertou uma imensa nuvem radioactiva contaminando pessoas, animais e o meio ambiente de uma vasta extensão da Europa. As causas do acidente foram falhas humanas e falhas no projecto do reactor que explodiu.

No início da madrugada do dia 26, aproveitando um desligamento de rotina, procederam-se à realização de alguns testes para observar o funcionamento do reactor a baixa energia. Os técnicos encarregues desses testes não seguiram as normas de segurança e pelo facto de o moderador de neutrões ser à base de grafite, o reactor poderia apresentar instabilidade num curto período de tempo, o que acabou por acontecer.

Quando em determinado período, os técnicos tentaram desligar o reactor e não conseguiram e então o superaquecimento do reator fez com que houvesse uma explosão. A explosão rebentou a laje do edifício e libertou sobre a atmosfera gases e partículas radioativas. O ar que entrou na central que estava queimando levou à combustão do grafite que continuou queimando e libertando material radioativo por mais dez dias.

Foi quando na Dinamarca detectaram uma elevação nos níveis radioativos e então o governo da URSS se propôs a ajudar nas soluções que deveriam ser tomadas. Carregada pelos ventos, a nuvem radioativa rapidamente se espalhou pela Ucrânia, Bielorússia, Federação Russa, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia e Islândia.

Em seguida contaminou a Europa Central principalmente a Áustria e regiões dos Bálcãs, Itália, França, Reino Unido e Irlanda. Foram aproximadamente 200 mil quilômetros quadrados de solo europeu contaminado.

O número de mortos ainda não é bem definido. Sabe-se que quando ocorreu o acidente foram mortos os dois técnicos que trabalhavam no local. Rapidamente, chegaram bombeiros e o resgate. Nos primeiros três meses, 28 deles morreram vítimas da exposição nuclear e um por problemas cardíacos.

O total de mortos até hoje ainda é motivo de discussão. Para a ONU foram quatro mil mortos, para a organização ambientalista Greenpeace foram cerca de cem mil e um estudo científico britânico avaliou entre trinta e sessenta mil mortos.

Os sobreviventes do acidente enfrentam graves doenças sendo que a mais comum é o cancro da tiróide que apresentou mais de quatro mil casos. A doença foi causada pela grande quantidade de iodo 131 libertado na explosão, que ao ser ingerido ou inalado, fica concentrado na glândula tiróide.

Uma espécie de "sarcófago" de betão, aço e chumbo foi construída sobre o reactor que explodiu a fim de isolar o material radioativo que ali se concentra. O combustível nuclear chega a 200 toneladas de núcleo do reactor e uma espécie de magma radioativo. O acidente fez com que fosse questionado o uso da energia nuclear e alguns países reduziram e outros quase extinguiram os seus projectos.

Apenas 5 trabalhadores da usina sobreviveram ao acidente, sendo que alguns estão vivos até hoje. O acidente de Chernobil teve 100 vezes mais radiação do que a bomba atômica de Hiroshima no Japão, após a Segunda Guerra Mundial

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